quinta-feira, 17 de março de 2016

O número que salva vidas.

“O sofrimento, nos animais, é um trabalho de evolução para o princípio de vida que existe neles; adquirem por esse modo os primeiros rudimentos de consciência.”Leon Denis

190 - esse número também salva vidas!



Essa é uma matéria assinada por Vanessa Isabel Leal Salvador Bizinotto, estudante de Medicina Veterinária da UNIUBE e assessora de marketing do GEAS-UNIUBE. Ela também coordena o Projeto Mini-Vet. Vanessa empresta seu nome à coluna para falar desse importante tema que envolve animais silvestres.

“Motorista encontra cobra no capô da caminhonete”; “Polícia é chamada para tirar tamanduá de estação de ônibus”; “Dona de casa abre a porta e encontra filhote de suçuarana na garagem de casa”; “Garoto soltando pipa com linha de cerol corta asa de Periquito-maracanã”. Notícias como estas estão se tornando cada vez mais comuns. O crescimento das cidades está tomando a casa dos animais, e, à procura de comida e abrigo, eles estão vindo morar em nossas casas. O que você faria se fizesse parte dessas notícias?

A resposta deveria ser de conhecimento geral: não faça nada com o animal e contate profissionais para resgatá-lo.

Em qualquer uma das notícias, o certo a se fazer seria contatar a polícia ambiental (190) ou os bombeiros (193), que são profissionais extremamente capacitados para agirem em qualquer uma dessas situações. Eles possuem treinamentos para evitar ataques, capturar o animal sem machucá-lo, destiná-lo para exames veterinários rápidos para confirmar se não há algum ferimento, e levá-lo para soltura em um local seguro e afastado da cidade.

Ao se deparar com qualquer animal desconhecido, várias pessoas tentam espantá-los, e até mesmo matá-los. Gambás órfãos estão chegando ao Hospital Veterinário de Uberaba porque suas mães foram mortas à vassouradas e pontapés; urubus precisam de atendimento médico após serem agredidos por pessoas enquanto se alimentavam; filhotes de coruja necessitam de curativos em suas patas após caírem de ninho e serem atacadas por um cachorro que estava passeando com seu dono. Isso é rotina para um Médico Veterinário de animais silvestres.

Não é culpa desses animais estarem vindo para cidade, e muito menos uma escolha. Com toda certeza, todos esses bichinhos se sentem mais seguros longe do território urbano, mas com os desmatamentos para construção de novos prédios, rodovias, plantações e outras estruturas para humanos, eles ficam sem um lugar para morar. E para onde mais iriam?

Por mais difícil que seja manter a calma ao se deparar com um animal silvestre, ou, em alguns casos, se conter para não adotá-lo (fato bem comum entre pessoas que resgatam maritacas e papagaios), o certo é comunicar autoridades para que eles voltem à natureza.

Filhotes órfãos raramente sobrevivem, machucados graves quase nunca são cicatrizados e os animais silvestres adotados normalmente não recebem alimentação e ambiente adequados para viverem.  Além disso, todos eles têm um papel importante na natureza.

Trabalhe pela preservação da natureza para que os animais silvestres possam viver em seu ambiente natural. Tenha certeza de que será sempre melhor para eles que você os veja ao fazer trilhas ou ao acampar, do que na casa de alguém, no zoológico ou empalhado em um museu como um animal extinto.”


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