O
Cão Guia
Por Laura Fernandes de Oliveira -Graduanda em Medicina Veterinária
Universidade de
Uberaba- UNIUBE
Desde a pré-história o
homem é privilegiado com a companhia dos animais através da domesticação.
Durante a construção desta aliança, o cão se tornou um grande aliado do homem,
auxiliando-o na caça, vigilância de propriedades, tração de cargas, no
pastoreio ou simplesmente fazendo companhia.
Atualmente, no Brasil,
os cães, além das funções iniciais, contribuem em tarefas policiais farejando
drogas, armas, explosivos, na abordagem de suspeitos,protegendo as fronteiras
nacionais por meio da detecção de produtos orgânicos de origem animal e vegetal
que entram pelos aeroportos ilegalmente, entre outras atividades.
Porém, um dos serviços
que mais vem se destacando são os de cães de assistência. Os 3 principais
grupos são os cães-guias, que facilitam o dia a dia de pessoas com deficiência
visual; os cães ouvintes, que auxiliam pessoas com deficiência auditiva,
sinalizando sons importantes, como o de alarme de incêndio, telefone ou mesmo a
companhia; e os de serviço, que ajudam pessoas com deficiências motoras nas
funções básicas do cotidiano.
O treinamento destes
animais é uma tarefa árdua que se inicia antes mesmo do nascimento, analisando
aspectos comportamentais e genéticos durante a escolha dos pais do cão, que
geralmente são da raça Labrador Retriever. Após, o nascimento, a linhada é
analisada. Os filhotes que demonstram aptidão são selecionados, e,quando
atingem a idade em que podem ser separados de suas mães (por volta dos 45
dias), são encaminhados para uma família que se responsabiliza em fazer a
socialização e ensinar os comandos básicos de obediência.
Essa primeira etapa do
treinamento é feita no primeiro ano de vida do cão e segunda etapa é feita por
uma equipe especializada que ensina o cão como prestar assistências.
No caso dos cães guia, é
ensinado como conduzir seu futuro tutor com segurança em diversos locais e
situações. Já os cães ouvintes aprendem todos os possíveis sons que têm no
cotidiano do tutor e como sinalizá-los. E os cães de serviços são treinados
para ajudar cadeirantes a abrir portas, gavetas, pegar utensílios que caem no
chão, auxiliá-los caso ocorra um acidente durante o uso da cadeira de rodas
entre outros amparos.
Por fim, a terceira
etapa do treinamento é iniciada. Nessa etapa o cão conhece o seu tutor e são
feitos treinamento mais específicos, de modo que o animal consiga ajudar seu
novo parceiro em ocasiões particulares.
Depois de todas essas
etapas concluídas, o cão está pronto para dar assistência e melhorar a
qualidade de vida do seu novo parceiro. Em muitos casos, novas amizades são
feitas por causa da presença do novo companheiro e nota-se que a auto-estima
dessas pessoas aumenta.
Mas, é importante
ressaltar que quando um cão de assistência estiver em trabalho, não se deve
incomodar ou distraí-lo. Uma única distração pode custar a vida do humano que
está sendo conduzido pelo animal.
Geralmente, os cães de
assistência que estão em ação usam roupas específicas, que tem o mesmo papel de
um uniforme de trabalho. Caso ainda haja o interesse em interagir com esses cães,
o mais apropriado e seguro seria marcar um horário para fazer isso, em um
momento de descanso para o humano assessorado e para o animalzinho, proporcionando-lhe
assim brincadeiras que seu assessorado não conseguiria proporcionar.
Referencias
CÃO INCLUSÃO, Cães de assistência. Conheça a Cão Inclusão. 2013.
Disponível em, <http://caoinclusao.com.br/a-cao-inclusao/>. Acesso em: 13
de março de 2016;
SECOM UNB, Secretaria de Comunicação da UnB. Romeu: treinado para proteger as fronteiras
nacionais. 2016. Disponível em, <
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=9807>. Acesso em: 12
de março de 2016;
SILVA, Danilo Pereira. Canis familiaris: Aspectos de
domesticação. 2011. Disponível em, <
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3053/1/2011_DaniloPereiradaSilva.pdf>.
Acesso em: 12 de março de 2016;
T., Dewey e S., Bhagat. Canis lupusfamiliaris dog.
2002. Disponível
em,<http://animaldiversity.org/site/accounts/information/Canis_lupus_familiaris.html>.
Acesso em: 12 de março de 2016.
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