Ato
de bondade
Diário Correio de Uberlândia publicou
matéria muito pertinente sobre o Zoológico do Parque Municipal do Sabiá, que
aqui reproduzimos em parte, para mostrar a indignação de pessoas de bom senso
em relação ao tema. Estamos presenciando a todo instante, talvez até mesmo pela
agilidade da mídia se pense em um aumento de casos, de acidentes com animais em
zôos ou algo parecido. Estamos no século XXI. Parques aquáticos que exploram
baleias e golfinhos, locais em que turistas podem tirar fotos com animais
selvagens dopados...Bem, vamos voltar ao caso de Uberlândia.
O prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado,
que ainda tem seis meses no exercício do mandato, se quiser, poderá praticar um
ato de bondade que, certamente, ficará na história desta cidade. Como? Fechar o
Zoológico Municipal do Parque do Sabiá. O que é um zoológico? É um confinamento
de animais. Animais da floresta que são escravizados e passam o resto da vida
sem liberdade.
O cinismo de alguns humanos indica que os
zoológicos servem para promover reprodução biológica de espécies ameaçadas de
extinção. Este é um argumento cínico de pseudo defensores de confinamento de
animais.
Mantidos em cativeiro por muito tempo, os
animais e aves perdem o contado com o ambiente natural e os que nascerem em
cativeiro não saberão viver em ambiente natural destinado à espécie. Um
zoológico pode guardar um patrimônio genético, mas não a condição de um animal
nascido para ser livre.
Educadores e pesquisadores de cursos
universitários conscientes do dever ético e de conhecimentos científicos e
tecnológicos que estudam a vida dos animais em cativeiro, devem entender que
não se justifica moralmente manter animais em zoológicos para preservar sua
espécie. Uma cidade educadora que mantém animais confinados no século 21
precisa refletir.
Os zoos só fariam sentido hoje se transformados em hospitais de
custódia para animais feridos ou ameaçados que poderiam ser protegidos por
tempo determinado. Depois de tratados e curados, deverão ser devolvidos ao
habitat natural de cada um. Para esta finalidade, um zoológico não deveria ser
aberto à curiosidade natural ou centro de visitação pública.
Modernidade
Modernidade
Quem tem curiosidade de conhecer como
determinada espécie animal vive, se move, se alimenta e se reproduz, a
Secretaria de Educação ou a de Turismo poderia exibir filmes produzidos por
cientistas que abandonaram a vida em cidades e se dedicaram integralmente à
vida animal em a natureza. Zoológico em uma cidade educadora como Uberlândia,
deseduca, com certeza.
Fonte: Correio de Uberlândia
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