Cachorro como
prêmio de Bingo gera polêmica
Uma paróquia em
Ribeirão Preto doou um cachorro como prêmio em um bingo realizado no último
final de semana. O caso foi parar no Ministério Público, já que uma lei
municipal aprovada há três anos proíbe a doação de animais domésticos em
sorteios, brindes e rifas.
A assessoria da
cúria da Arquidiocese de Ribeirão informou que o padre responsável pela
Paróquia só vai se pronunciar sobre o caso após manifestação da Promotoria.
O animal foi dado
com prêmio em uma das rodadas. O nome da ganhadora não foi divulgado.
Entretanto, de
acordo com a legislação municipal, quem doar animal de estimação, silvestre ou
nativo por meio de sorteio, rifa, bingo, ou na forma de brinde, pode ser
multado em 100 Unidades Federativas do Estado de São Paulo (Ufesp), o
equivalente a R$ 2.355.
O caso começou então
a repercutir no Facebook. Uma postagem foi compartilhada por 194 pessoas e
recebeu 287 comentários, sendo a maioria deles criticando a atitude da igreja.
Os protetores de animais também desaprovaram o ato.
“Tem gente que faz
aniversário e dá pintinho de presente, dá peixinho de lembrancinha. Para adotar
qualquer tipo de vida, até uma planta, é preciso disponibilidade para cuidar.
Se você não tem, não pode ser surpreendido por um sorteio”, diz a jornalista
Cristina Dias, secretária da Associação Vida Animal.
Para a empresária
Flávia Frederico, voluntária da ONG Murilo Pretinho, a doação de cães e gatos
como prêmios vai contra o trabalho de conscientização sobre a posse responsável,
uma vez que o vencedor não assume nenhum tipo de compromisso em relação aos
cuidados do animal recebido.
Um promotor
afirmou que não há registro de maus-tratos nesse caso e, por esse
motivo, cabe ao governo municipal punir a infração em âmbito administrativo.
“Em termos ambientais, propriamente ditos, é um fato irrelevante”, afirmou.
Esperamos que o “cachorro prêmio” tenha
um final feliz.
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