O Vira-latas
Em seu novo livro, “What Is a Dog?”, Raymond e Lorna Coppinger
argumentam que, para entender a natureza dos cães, é preciso conhecer esses
animais desprezados. Segundo o casal Coppinger, são eles os seres atuais mais
parecidos com os primeiros cães que surgiram, milênios atrás.
Em seu livro “Dogs: A Startling New Understanding of Canine
Origin, Behavior & Evolution” [Cães: uma surpreendente nova compreensão
sobre a origem, o comportamento e a evolução caninos], de 2001, eles desafiaram
aquilo que os cientistas achavam sobre o surgimento dos cães, ou seja, que um
humano extrativista havia recolhido um filhote de lobo e iniciado um programa
de cruzamentos desses animais.
Os Coppingers argumentavam que os cães se domesticaram sozinhos —
alguns caninos selvagens começaram a viver perto dos humanos, para aproveitar
seus restos de comida, e gradualmente evoluíram para se tornar fuçadores de
lixo dependentes dos humanos. Não é uma tese unânime, mas muitos a acham a mais
plausível.
Em seu novo livro, os Coppingers explicam que os vira-latas, de
modo geral, são os mesmos no mundo todo, seja na África, na Mongólia, na China
ou nas Américas. A população canina capaz de sobreviver numa cidade, num bairro
ou num aterro sanitário é determinada pelo volume de lixo disponível.
Mas quem são os cachorros de rua? São uma raça ou uma super-raça à
parte? Ou apenas uma mistura de muitas raças, com origens confusas demais para
serem rastreadas?
Os Coppingers não vêem com simpatia os grupos de resgate que,
segundo eles, “sequestram e mutilam” vira-latas do Caribe e de outros lugares
para levá-los para viver como pets em abrigos americanos, “onde se tornam
totalmente dependentes”. Eles argumentam
que esses animais são tirados de um ambiente socialmente rico, com muitos cães,
e colocados num relativo isolamento.
O que fazer? Os Coppingers têm uma resposta simples. Os cachorros
de rua dependem de lixo. Se a sociedade quer menos cachorros na rua, a solução é:
menos lixo.
Os Vira Latas são uma super raça. Amorosos, inteligentes a acima de tudo muito gratos principalmente aqueles retirados de maus tratos, resgatados e cuidados. Digo por experiência própria, tenho um que por 6 meses, o alimentava na rua, já havia sido atropelado e como consequencia possui uma pata traseira torta e não consegue apoiá-la totalmente no chão. Até que um dia resolvi levá-lo para casa. Como ele se sente feliz em possuir um lar amoroso ! E como é bom receber o carinho e afeto desses seres de tanta luz.
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