domingo, 15 de maio de 2016

Luciana Galvão

Luciana Galvão

Luciana Galvão é dona de um canil das raças Pastor de Maremano, Border Collie, Yorkshire e Shih tzu. Formada em Gestão de Agronegócios tem tradição familiar de fazendeiros da região. Não foi difícil, claro, a escolha da profissão. Hoje cursa Medicina Veterinária também. É tão cuidadosa com seu trabalho na criação das raças, que tem reconhecimento nacional.  Acompanha o dia-a-dia da gestação de suas matrizes, tem todos os cuidados e dá carinho absoluto para elas e para os filhotes. É outro exemplo de criadora.  Quando alguém optar por comprar um cão de raça, é preciso verificar em que condições estão as matrizes, como foi a prenhes e como é o dono do canil. Luciana acredita que isto seja fundamental. E é.

“... vieram para nos ensinar o que é o amor verdadeiro”



Marcos Moreno - Você sempre gostou de animais?
Luciana Galvão- Venho de uma família onde todos têm animais e adoram.  Meu avô Antônio Galvão sempre mexeu com fazenda e passou seu exemplo para mim. Cheguei onde estou graças a seus ensinamentos e me espelhando nele. Desde pequena meu maior sonho era fazer veterinária para cuidar dos animais, e graças ao apoio da minha mãe Ione e incentivos das minhas tias, me formei em Gestão de Agronegócios e hoje curso o 5º período de veterinária.

MM- Já teve algum especial ou todos são?
Luciana- Todos os animais que já tive, e os que tenho ocuparam seu lugar de forma especial no meu coração, cada um com sua maneira de ser, amo todos iguais. Mas Indira minha égua que conviveu comigo durante vinte e cinco anos e Suki minha cadela York sempre foram as mais grudadas e dependentes de mim.

MM- A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Luciana- Cada nome que dou aos meus animais vai de acordo com o filhote e o tamanho da raça. Por exemplo, nos meus yorks, procuro colocar nomes pequenos assim como eles, já nos meus gigantes brancos coloco nomes grandes como eles, os border collie coloco nomes alegres como eles e assim vai..

MM- Qual o limite que não deve ser ultrapassado?
Luciana- Eu acho que não há limites para amar esses bichos que nos trazem tantas alegrias e muito amor. Eu abri mão de muitas coisas na minha vida por ter feito a opção de me dedicar a cuidar deles. E tenho muitos clientes que me procuram que ao invés de terem filhos, optam por ter um cachorro ou outro animal.

MM-Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Luciana- Sim, eles entendem o que falamos, o que sentimos, são seres muito mais evoluídos que nós humanos e vieram para nos ensinar o que é o amor verdadeiro. Eles sentem como nós,  amam incondicionalmente e têm o dom do perdão, coisa que nós humanos na maioria das vezes não temos.

MM- No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Luciana- Até entrar na faculdade não tinha tido contato com animais selvagens, mas graças ao professor Cláudio Yudi, pude conhecer de perto e fiquei fascinada com esses animais, principalmente a onça parda.  Foi ai então que minha mãe e eu abrimos as portas da fazenda para que o pessoal do meio ambiente soltasse animais resgatados para que tenham sua liberdade novamente.
Não tem alegria maior em ver os animais livres na natureza. Nesses três meses foram soltos mais de cinquenta canários da terra e um cardeal, que já chocaram e vêm todas as manhãs para comer e alegrar o ambiente com seu lindo canto.

MM- A crueldade que mais te revolta.
Luciana- O que mais me revolta é ver tanta maldade e mesquinharia no ser humano que maltrata e abandona um animal como se fosse um brinquedo.

MM- A generosidade que mais te comove.
Luciana- O que mais me comove é saber que ainda tem pessoas que tem a capacidade de amar os animais e lutar contra os maus tratos de animais.

MM- Um filme com animal.
Luciana- Sempre ao Seu Lado (Hachi: A Dogs Tale)

MM- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Luciana- Animal não é um brinquedo fofo que você usa e depois guarda no armário porque cansou de brincar. Os animais têm sentimentos, só não sabem falar, adoecem e ficam velhos, onde na maioria das vezes são abandonados porque começam a dar trabalho. Pense que você um dia vai adoecer e ficar velho e que vai precisar que as pessoas que ama cuidem de você assim como seu animal. 



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