Verme do coração
Uma doença silenciosa e pouco conhecida pode ser uma ameaça aos
animais domésticos que viajam especialmente para regiões litorâneas e em áreas
com matas e lagos. É a dirofilariose, popularmente conhecida como “verme do
coração”.
“A doença é transmitida em cães, com baixa incidência em gatos,
por meio da picada de um mosquito infectado. Quando o mosquito pica um animal
doente, passa o parasita para corrente sanguínea, que se aloja no cão por um
tempo até seguir ao coração, onde crescem, levando alterações importantes no
órgão, nas veias e artérias, causando até a morte”, explica o veterinário Rodrigo
Monteiro.
Os mosquitos podem ser da mesma família da dengue e vivem em todo
o litoral do Brasil, mas também são encontrados em regiões do interior. Esse é
apenas um dos insetos transmissores. “Cidades do litoral de São Paulo como
Bertioga, Peruíbe e São Sebastião, Guaruja, além de todo o estado do Rio de
Janeiro e Nordeste são consideras áreas endêmicas, onde mais ocorre a
transmissão.
A doença é considerada silenciosa, pois dificilmente o animal
demonstrará sinais clínicos após a picada.
Quando o verme atinge a idade adulta ele provoca nos cães
dificuldade de respirar, cansaço, tosse e perda de peso, sintomas de insuficiência
cardíaca, podendo levar a morte. “Assim que os sintomas forem observados é
preciso buscar ajuda de um Médico Veterinário, que pedirá exames laboratoriais
e de imagem para identificar o verme.
Como a doença geralmente já é diagnosticada em estágio avançado, o
tratamento devido traz risco, uma vez que a morte dos vermes pode resultar em
embolia pulmonar e morte.
Aos animais que vivem ou freqüentam praias, represas, rios e lagos
precisam ter cuidado redobrado. A prevenção pode ser feita com uso de medicamentos
de uso contínuo, tomados uma vez por mês. Vale ficar de olho. Essa família de
mosquitos é terrível mesmo.
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