Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal
Pra quem não sabe, existe um órgão
nacional de proteção animal. E, felizmente, essa entidade não está de braços
cruzados em relação aos animais que foram e são vítimas do desastre da barragem
em Minas Gerais. Não são apenas as
vítimas humanas que estão sofrendo, os animais também estão assustados. Muitos
morreram, muitos se feriram e alguns chegaram a ser “petrificados” pela lama
ressecada de rejeitos de minério.
Um grupo de ONGs e voluntários dos
direitos animais, no entanto, está atuando para tentar resgatar a maior quantidade
de animais possível. Eles se uniram ao Fórum Nacional de Proteção e Defesa
Animal (FNPDA) para tentar arrecadar recursos e organizar melhor esse
atendimento, crucial para a saúde dos animais e também para as famílias
atingidas, que muitas vezes dependem de uma vaquinha e algumas galinhas para
seu sustento. Segundo Vania Nunes, diretora técnica do FNPDA 300 animais já
foram resgatados.
Voluntários da ONG Associação
Ouropretana de Proteção Animal, que é parte do Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal, foram para lá na noite do acidente, e realmente a situação era
bem crítica. Logo que eles chegaram, não puderam entrar, estava tudo molhado,
sujo, tinha a Defesa Civil...Quando amanheceu, algumas pessoas já vinham com
animais. Esses foram os primeiros a ser atendidos. Tinha cachorro, galinha,
passarinho, gado. Os animais estavam muito assustados, muitos sujos, alguns
feridos. Elas prestaram esses primeiros atendimentos. No começo, os animais
foram para o centro de zoonose de Mariana, que era o local mais próximo que
tinha onde deixar os animais que não tinham donos. Com o passar dos dias, com o
aumento do número de animais, a própria Samarco alugou um galpão. Os que tinham
dono, à medida que as pessoas foram realocadas em casas ou hotéis, os tutores
levaram. Mas como as pessoas levarem todos, porque tinha cavalos, porcos,
galinhas...
Eles estavam muito assustados. Eles são
capazes de perceber que aconteceu uma coisa muito ruim.
Foi criada uma conta para receber
doações. Quem quiser ajudar, basta entrar em contato com FNPDA. Isto foi feito porque as pessoas ajudam com casinha, ração, o
que é ótimo, mas precisa alguns equipamentos que não se compram em qualquer
loja de produtos de animal. Por exemplo, lá é uma área endêmica de
leishmaniose. Os cachorros precisam de uma coleira específica para evitar ser
picados. Ainda há muito para se fazer para essas vítimas.
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